Horário de carga e descarga é alterado mais uma vez, mas as placas antigas permanecem

Comerciantes foram apanhados de surpresa e protestam contra a medida




O horário de carga e descarga no centro da cidade foi alterado pelo Decreto número 153/13, de 29 de agosto de 2013, publicado neste jornal na edição do último sábado, 14. Com ele o prefeito Rogério Cabral "estabelece critérios para carga e descarga nas vias públicas e fixa horários”, que passaram, desde domingo, 15, a ser das 6h às 9h e 20h às 22h, de segunda a sexta-feira, e das 6h às 9h aos sábados e feriados. O decreto cita ainda que nos 15 primeiros dias de vigência a fiscalização será realizada em caráter meramente educativo, sem aplicação das sanções previstas. Os comerciantes não concordam, dizem que foram apanhados de surpresa e querem o retorno do horário anterior.

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Braulio Rezende, há dois meses houve um debate na sede da entidade com o prefeito e o superintendente da Autran, Hudson de Aguiar Miranda, quando foi reforçado que o horário de carga e descarga continuaria o mesmo (6h às 13h) e se fosse necessária alguma mudança haveria novo debate para tratar do assunto, o que não aconteceu. Braulio só tomou conhecimento do decreto pelo próprio prefeito, por telefone, na noite de quinta-feira, 12.

Braulio reforça que o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Carga, Jackson Thedin, também não sabia da mudança. O horário anterior havia sido estabelecido pelo Decreto 81/2012, pelo então prefeito Sérgio Xavier, em conformidade com os lojistas. E funcionava satisfatoriamente. A fiscalização cabia à Autran. O presidente da CDL afirma que lhe causou estranheza a o fato de o prefeito não ter discutido o assunto com os comerciantes, alegando que era uma situação interna que teria de resolver. 

Para Braulio, o novo horário é inviável. "Nós temos que lembrar que na Alberto Braune também mora gente. É uma rua comercial e também residencial. Se colocarmos carretas e carregadores na rua à noite vai atrapalhar o sono das pessoas. Além disso, precisamos de segurança, ter gente para receber carga à noite, pagar hora extra, fica inviável”, assegura.       

O presidente da CDL quer que o prefeito ouça a reivindicação dos lojistas, debata o assunto para depois tomar uma decisão. Por não concordar com o decreto, ele já protocolou um ofício na Prefeitura solicitando ao prefeito uma audiência para tratar do assunto com a categoria, de forma que atenda ambas as partes. O pleito é que retorne o horário de carga e descarga anterior.

POR AVS


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